Os deputados reivindicam um aumento da competência para legislar. Dentre outras restrições apresentadas, um deputado não pode apresentar projetos que ofereçam atribuições ao Poder Executivo. Assim, muitas das propostas apresentadas nas Assembleias Legislativas do país são tidas como inconstitucionais pelas Comissões de Constituição e Justiça dessas Casas.
Presidente da Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), o deputado Elcio Alvares (DEM) admitiu que a Constituição de 1988 depreciou o trabalho das Assembleias, e hoje uma Câmara de Vereadores tem maior poder de ação que o legislativo estadual. Alvares destacou que a Comissão apenas vota de acordo com a Constituição e as leis: "Os membros da Comissão não têm preferências pessoais".
Alvares comentou ainda que a Ales já enviou ao Congresso Nacional uma petição de mudança do texto constitucional, aprovada pelo Plenário. Quando esta foi feita, 16 Assembleias do país propuseram alterar a redação dos artigos 22 e 24, diminuindo a competência privativa da União para legislar sobre determinadas matérias e aumentando a competência dos Estados para legislar sobre o mesmo tema.
O deputado Gilsinho Lopes (PR) pediu à deputada federal Rose de Freitas (PMDB-ES), vice-presidente da Câmara, que o tema seja colocado em pauta. Ele, entretanto, opinou que algumas decisões da Comissão de Justiça são políticas e vão contra as propostas da Procuradoria. "Esta é uma Casa política", avaliou.
Data de Publicação: quinta-feira, 25 de agosto de 2011