Debates sobre educação e saúde marcam sessão ordinária

Dois temas principais dominaram os debates da última sessão ordinária da Câmara Municipal de Afonso Cláudio (CMAC), realizada no dia 10 de março, no plenário Monsenhor Paulo de Tarso Rautenstrauch. Fatos relacionados à saúde e à educação do município foram abordados pelos vereadores em seus discursos realizados no horário destinado à Tribuna Livre.

“O motivo que me traz a essa tribuna hoje é preocupante e lamentável. Os problemas na saúde continuam graves, principalmente no hospital São Vicente de Paula”, afirmou Roserene da Silva Costa, vereadora que iniciou os debates. “Fui orientada pelo presidente da nossa CMAC, Nilton Luciano de Oliveira, a procurar o promotor de justiça, que me encaminhou ao Ministério Público para solicitar providências”, disse.

Reforçando a fala da vereadora, Anderson Lenk disse que reconhece que a nova diretoria do hospital está realizando um bom trabalho, porém destaca que ainda há algum problema interno que prejudica o atendimento da população. Segundo Lenk, com base em situações vivenciadas por seus próprios familiares, há indícios de que as dificuldades maiores em relação à qualidade do atendimento estejam relacionadas ao corpo clínico do hospital.

“Sabemos que o hospital recebe verbas dos governos municipal, estadual e federal, além de entidades religiosas e empresas privadas. Por isso, devemos fazer um debate profundo para identificar qual o problema que está ocorrendo internamente que faz com que, mesmo com a mudança da diretoria, o mau atendimento da população continue”, avaliou Adeilde Davel de Oliveira.

Durante o debate, o presidente da CMAC fez um apelo ao corpo clínico do hospital: “Que os médicos possam ter mais consciência e atender melhor aqueles que precisam. Se chegar um paciente que necessita de atendimento e não pode ser tratado aqui, solicito que os responsáveis o encaminhem logo para os municípios vizinhos. Sabemos que nossa estrutura é pequena e não pode atender toda a demanda. Mas esse comportamento pode amenizar os problemas e diminuir os óbitos”.

“Quero perguntar ao poder judiciário, pois o legislativo já se manifestou, até quando vamos conviver com esse tipo de negligência? Se o médico que ali está não tem capacidade para atender a população, ele deve ser afastado. Nossa cidade tem muitos outros excelentes profissionais que têm condições de prestar bom atendimento à nossa população e não são aproveitados como deveriam”, desabafou Roserene. FOTOINTERNA1

A evasão de jovens de Afonso Cláudio, que deixam o município para estudar em cidades vizinhas foi apontada pelos vereadores como um indício de que a educação tem deixado a desejar. “O mais preocupante nesse cenário é que muitos desses jovens saem daqui para municípios vizinhos não para estudar em escolas particulares, mas em públicas, o que nos sinaliza que nossa educação está com muitos problemas”, afirmou Anderson Lenk.

Conforme ponderou o vereador Otávio Saiter Filho, as dificuldades maiores dessa área não estão relacionadas à administração municipal, mas à estadual. “Meus filhos estudaram em escolas locais municipais e tiveram excelentes resultados, tendo um sido aprovado recentemente no Ifes de Venda Nova. Então, reforço que o ensino fundamental, que é responsabilidade do município, está sendo dado de forma correta e com qualidade. Já o ensino médio, responsabilidade do governo do estado, tem deixado a desejar”.

“Temos tentado trazer o ensino médio para a região da Mata Fria e está muito difícil. A maioria dos jovens em idade escolar de lá está sem estudar por falta de escola. Aqueles que têm mais condições têm ido para outros locais para estudar, mas muitos ficam sem o acesso”, completou Florentino Binow.

Tarciso José de Araújo, o Zezim Vidal, aproveitou o debate para relembrar um tema abordado na última sessão ordinária de fevereiro pelo colega Adeilde Davel de Oliveira. “Em sessão anterior, foi falado a respeito da intenção da deputada Rose de Freitas de trazer para o município de Santa Maria de Jetibá uma escola técnica. Acho que precisamos mesmo tentar lutar para trazer essa escola para cá”.

“Devemos defender uma educação de qualidade para nossa população independente de responsabilidades. Somos de Afonso Cláudio e não pretendemos sair daqui, por isso, precisamos lutar para trazer os benefícios para nossa população. Quando viemos falar aqui, não estamos criticando ninguém, queremos apenas apontar os problemas de modo a chamar todos para unir forças para buscar soluções e melhorias”, finalizou Adeilde.

Data de Publicação: segunda-feira, 14 de março de 2011

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