Todos os anos, a população mundial lembra a luta contra o câncer de mama com uma campanha chamada Outubro Rosa. O movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, Outubro Rosa, foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço cor-de-rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, desde então, promovida anualmente.
Durante todo o mês, o principal objetivo da campanha Outubro Rosa é incentivar mulheres com idade entre 40 e 69 anos a fazerem os exames mamográficos para prevenir a doença ou descobrirem um possível diagnóstico de maneira precoce, de modo a aumentar as chances de cura. De 1º a 31 de outubro, são realizadas palestras e a distribuição de materiais informativos à sociedade para conscientizá-la sobre os sintomas, tratamento, prevenção e diagnóstico do câncer de mama.
Cada estado brasileiro possui uma programação e estratégias diferentes para alertar a população local sobre a doença. Do mesmo modo, o Outubro Rosa promove eventos em todo o país para chamar a atenção das entidades governamentais para o acesso de pacientes diagnosticados com a doença ao tratamento nos sistemas públicos e particulares de saúde, que deve ser adequado e em tempo oportuno para aumentar as possibilidades de cura.
O período é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença. O objetivo do Outubro Rosa é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.
O Câncer de mama
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.
Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Fatores de risco
Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficente e exposição à radiação ionizante. Os principais fatores são:
Comportamentais/Ambientais
· Obesidade e sobrepeso, após a menopausa
· Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)
· Consumo de bebida alcoólica
· Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.)
· História de tratamento prévio com radioterapia no tórax
Aspectos da vida reprodutiva/hormonais
· Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos
· Não ter filhos
· Primeira gravidez após os 30 anos
· Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
· Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
· Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos
Hereditários/Genéticos
· Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem
· Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
A mulher que possui esses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama.
Conhecer o próprio corpo também está entre os cuidados primordiais para detectar qualquer tipo de doença, inclusive o câncer de mama. Por isso, pegue o hábito de apalpar sempre as suas mamas, prestando sempre bastante atenção no que é normal para elas e quando há qualquer alteração suspeita. Toque-as durante o banho, deitada (antes de dormir ou ao acordar) ou na frente do espelho.
O auto-exame deve ser feito pelo menos uma vez por mês, sempre entre 3 a 5 dias após o aparecimento da menstruação ou em uma data fixa, no caso de mulheres que não menstruam mais.
Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas). É claro que nem sempre estes sinais estarão relacionados à doença, mas uma avaliação médica é essencial para detectá-la precocemente e aumentar as suas chances de cura.
Não se esqueça! Qualquer um desses cuidados pode fazer toda a diferença e até salvar uma vida. Passe essa informação às pessoas mais próximas de você e cuide-se também.
Data de Publicação: terça-feira, 08 de outubro de 2024