Setembro é o mês nacional de conscientização sobre Fibrose Cística, uma doença genética rara, crônica e progressiva, que afeta principalmente o sistema respiratório e digestivo e é simbolizada, mundialmente, pela cor roxa. Também conhecida como Mucoviscidose ou Doença do Beijo Salgado, a fibrose cística atinge mais de seis mil pessoas no Brasil e estima-se que há mais de 160 mil com a condição, em todo o mundo.
A fisiopatologia da fibrose cística está relacionada à mutação no gene chamado CFTR (cystic fibrosis transmembrane conductance regulator – regulador de condutância transmembrana em fibrose cística), que faz com que as secreções no organismo fiquem mais espessas que o normal, dificultando sua eliminação e causando sintomas como tosse crônica, pneumonia de repetição, diarreia crônica, pólipos nasais, baqueteamento digital, suor mais salgado que o normal - devido à alteração no transporte dos íons - e dificuldade em ganhar peso e altura.
A triagem da fibrose cística começa logo nos primeiros dias de vida do bebê, por meio do Teste do Pezinho, exame gratuito e obrigatório para todos os recém-nascidos brasileiros. Caso ele indique uma alteração para a fibrose cística, é necessário que seja realizada uma segunda coleta e, se também for positiva, o Teste do Suor deve ser realizado.
Simples, indolor e não invasivo, o Teste do Suor deve ser feito para confirmar ou descartar o diagnóstico quando há a suspeita da fibrose cística, podendo ser realizado em qualquer fase da vida. Além dele, exames genéticos também podem ser utilizados para a confirmação da fibrose cística.
O tratamento da fibrose cística é intenso da infância até a idade adulta e exige empenho do(a) paciente, dos familiares e de uma equipe multiprofissional que, muitas vezes, envolve a Pediatria, a Pneumologia, a Fisioterapia Respiratória, a Psicoterapia, a Gastroenterologia a Nutrição, além de outras especialidades. De maneira geral, inclui a realização de fisioterapia respiratória diária, atividades físicas, ingestão de medicamentos como antibióticos, suplementos vitamínicos, suporte nutricional e os moduladores da proteína CFTR, além de acompanhamento clínico frequente.
Caso você ou alguém próximo esteja com suspeita de fibrose cística e necessite de ajuda, procure um médico especializado. Quanto antes for descoberta, mais cedo será possível começar o tratamento.
Fonte: Portal TRF5 - Imprensa - Setembro Roxo: TRF5 adere à campanha de conscientização sobre fibrose cística
Data de Publicação: quinta-feira, 05 de setembro de 2024